Desigualdades em Portugal - problemas e propostas é uma obra que reune trabalhos de vários autores sobre diferentes desigualdades, entre eles: IGUALDADE E DIFERENÇA: GÉNERO E CIDADANIA EM PORTUGAL de Sofia Aboim. Sobre o livro a partir do Observatório das Desigualdades: «(...)A mensagem principal é de que a sociedade portuguesa funcionaria muito melhor se os níveis de desigualdade entre nós não fossem tão elevados. Mas também não podemos ser ingénuos, estamos na presença de uma sociedade europeia onde é patente o aumento real da polarização social entre os que têm muito e aqueles que continuam a ter pouco e em que a política económica teima em ser austera sobretudo com estes últimos, como observa o coordenador da obra.
Damos todos os sinais de ser uma democracia dual, temos aliás uma longa tradição de dualidade acentuada nos anos 60, quando se adotou o modelo de industrialização acelerada. Na prática, são os grupos de mais alto rendimento que usufruem dos predicados da participação: são eles os membros dos partidos políticos, os que encabeçam os movimentos de protesto, os que lideram as estruturas empresariais, que estão à frente dos clubes e os escolhidos autárquicos. É curioso ver como os comentadores televisivos, os especialistas que debitam permanentemente opiniões nos órgãos de comunicação social, que comparecem às conferências provêm das classes mais favorecidas, muitos deles gozam de notoriedade nas suas profissões liberais ou dispõem de empregos públicos, fixos e garantidos; é limitadíssimo o número daqueles que têm participam na construção de opinião e que têm empregos precários, remunerações baixas, direitos laborais reduzidos ou dispõem de limitado acesso à proteção social (...)». O livro vai ficar referenciado na coluna à direita do blogue.
Damos todos os sinais de ser uma democracia dual, temos aliás uma longa tradição de dualidade acentuada nos anos 60, quando se adotou o modelo de industrialização acelerada. Na prática, são os grupos de mais alto rendimento que usufruem dos predicados da participação: são eles os membros dos partidos políticos, os que encabeçam os movimentos de protesto, os que lideram as estruturas empresariais, que estão à frente dos clubes e os escolhidos autárquicos. É curioso ver como os comentadores televisivos, os especialistas que debitam permanentemente opiniões nos órgãos de comunicação social, que comparecem às conferências provêm das classes mais favorecidas, muitos deles gozam de notoriedade nas suas profissões liberais ou dispõem de empregos públicos, fixos e garantidos; é limitadíssimo o número daqueles que têm participam na construção de opinião e que têm empregos precários, remunerações baixas, direitos laborais reduzidos ou dispõem de limitado acesso à proteção social (...)». O livro vai ficar referenciado na coluna à direita do blogue.
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