«Peça sobre o extremo isolamento, é-o de duas formas, pela distância territorial - a estória acontece nos confins de um fiorde, no interior norueguês em pleno inverno - e pelo isolamento que a idade traz. O que surpreende nesta peça de Fosse é, no entanto, uma mistura de clima psicológico vivida entre a ansiedade que o casal de pais, já de uma certa idade, vai mostrando que tem em relação ao filho ausente - único - a extrema solidão em que vivem, a quase nenhuma vizinhança em torno da casa - a aldeia de que se fala são casas vazias, como o nosso interior mais interior - e um tempo a gerir que, no fundo, não é mais que o próprio tempo a passar e uma hipotética visita do filho.
Mas o drama acontece, o filho regressa, o vizinho do lado fala da prisão que supostamente lhe aconteceu e, inesperadamente, o filho reage com violência e acontece uma morte: a do vizinho do lado. Entretanto nada parece passar-se com este regresso, a dificuldade de falar, a incomunicabilidade entre filho e pais, é radical. São seres estranhos um aos outros.
E o fim, com o filho partido de novo não se sabe para onde - fala-se de uma banda musical, o jovem tem 25 anos - e morto o vizinho do lado, o plano de uma solidão acrescentada é absoluto. E isto no país mais rico do mundo, com o maior rendimento per capita, como dizem as estatísticas».
Mas o drama acontece, o filho regressa, o vizinho do lado fala da prisão que supostamente lhe aconteceu e, inesperadamente, o filho reage com violência e acontece uma morte: a do vizinho do lado. Entretanto nada parece passar-se com este regresso, a dificuldade de falar, a incomunicabilidade entre filho e pais, é radical. São seres estranhos um aos outros.
E o fim, com o filho partido de novo não se sabe para onde - fala-se de uma banda musical, o jovem tem 25 anos - e morto o vizinho do lado, o plano de uma solidão acrescentada é absoluto. E isto no país mais rico do mundo, com o maior rendimento per capita, como dizem as estatísticas».
Ficha Artística
TEXTO Jon Fosse
TRADUÇÃO Isabel Lopes e Fernando Mora Ramos
ENCENAÇÃO Fernando Mora Ramos
CENOGRAFIA José Carlos Faria
SONOPLASTIA Francisco Leal
DESENHO DE LUZ António Anunciação e Filipe Lopes
INTERPRETAÇÃO Isabel Lopes, António Parra, Carlos Borges e Fernando Mora Ramos
TRADUÇÃO Isabel Lopes e Fernando Mora Ramos
ENCENAÇÃO Fernando Mora Ramos
CENOGRAFIA José Carlos Faria
SONOPLASTIA Francisco Leal
DESENHO DE LUZ António Anunciação e Filipe Lopes
INTERPRETAÇÃO Isabel Lopes, António Parra, Carlos Borges e Fernando Mora Ramos
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