Apesar das iniciativas da União Europeia, o tráfico
de seres humanos parece estar para ficar. De acordo com alguns estudos está
mesmo a crescer. Porquê?
Eu
também gostaria de saber a razão. Temos mais informação e mais tecnologias
disponíveis e as forças polícias estão a trabalhar em conjunto, mas penso que
como em qualquer mercado também este é impulsionado pela procura. Fizemos
enormes progressos há cinco anos quando criámos a diretiva sobre o tráfico de
seres humanos. Mas ainda não estamos a receber os resultados e alguns
Estados-Membros demoraram a implementar a legislação. Espero que este relatório
dê um novo impulso à diretiva.
Falando sobre a procura, o tráfico de seres humanos
é impulsionado em parte pela procura de serviços sexuais. Como podem os
Estados-Membros assegurar a diminuição da procura?
Temos
diferentes países a tentarem diferentes métodos com diferentes resultados,
passando pelo modelo nórdico em que se penaliza o cliente ou pelo modelo
holandês-alemão da legalização. Neste relatório não faço recomendações sobre
nenhum dos dois. O que defendemos é que a utilização consciente de serviços de
vítimas de tráfico de seres humanos deve ser punida.
A
indústria do sexo é um tema que necessita de um amplo debate, não apenas no
âmbito do tráfico de seres humanos. O debate é arrastado para a prostituição,
mas temos que assegurar que falamos por todas as vítimas de tráfico de seres
humanos.
No atual contexto da crise de refugiados e do
aumento dos passadores de migrantes, por onde deve passar a nova estratégia da
Comissão Europeia no combate ao tráfico de seres humanos? (...). Continue a ler.
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