Sinopse:
Numa época em que os confrontos mundiais são muito evidentes, em que a paz, a partilha e a união parecem ideais arcaicos e já fossilizados em mentes cada vez mais raras – utópicos – clamam alguns, apresentarmos mais este número da nossa Revista Faces de Eva reveste-se de um forte simbolismo que gostaríamos de realçar. Como pode uma publicação sobre mulheres, resultante do esforço de muitas mulheres, mas também de alguns homens, contribuir para o apaziguamento dos ódios remanescentes, dos conflitos abertos, das crispações sangrentas? Conhecer o/a outro/a, ouvir-lhe a voz, a "sua" voz, encontrar pontos de confluência, apesar das diferenças, pode ser um pequeníssimo oásis no meio de um imenso deserto, árido como palavras que nada dizem, olhares que se não cruzam, sentimentos que se evitam, ou emoções que irrompem em poças de sangue tão inúteis como desprezíveis. Sabemos que as mulheres são diferentes entre si, numa mesma família, local, país ou continente, como são diferentes em outras geografias, culturas e religiões. Haverá um denominador comum que as posiciona numa categoria de género pela qual são reconhecidas, apesar de estarmos conscientes de que falamos de um modelo binário, assente em sistemas de significação, historicamente liderados pelos homens. (da “Nota de Abertura”, por Isabel Henriques de Jesus)
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