quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

FILME | «45 anos»






«Kate Mercer (Charlotte Rampling) está planejando a festa de comemoração dos 45 anos de casada. Porém, cinco dias antes do evento, o marido recebe uma carta: o corpo de seu primeiro amor foi encontrado congelado no meio dos Alpes Suíços. A estrutura emocional dele é seriamente abalada e Kate já não sabe se vai ter o que comemorar durante a festa».

Da critica:
«O corpo foi resfriado rapidamente, a vítima manteve a mesma aparência, as mesmas roupas, e não entrou em decomposição. Ou seja, enquanto o casal de sexagenários combate os problemas relacionados ao envelhecimento – rotina entediante, falta de sexo, problemas de saúde – a paixão de juventude é encontrada intacta, com a mesma imagem de antes.
A metáfora do cadáver congelado pode ser óbvia, mas fornece uma sugestão poderosa. Como elo conservou a imagem, e talvez também tenha conservado a paixão de Geoff. Poucos dias antes da alegre cerimônia, o casal atravessa uma crise sem precedentes de ciúmes e falta de confiança. Kate tenta ser pragmática e ignorar os fatos, até perceber que a memória da falecida está mais presente em sua casa do que imaginava. Com muita calma, o roteiro apresenta o passar dos dias, com letreiros na tela.
 O diretor Andrew Haigh constrói momentos de grande naturalidade na vida de um casal idoso, incluindo cenas com os amigos, momentos de dança e um ato sexual. Mesmo assim, em ritmo progressivo, o cineasta consegue criar o suspense: o que vai acontecer no dia da cerimônia? Eles vão terminar o casamento? Vai dar tudo certo? Haigh economiza – até demais – na quantidade de conflitos ao longo da história, que é belamente filmada, mas um tanto inerte. Entretanto, é possível acreditar que o cineasta tenha feito essa escolha porque acreditava no potencial de sua conclusão que, de fato, é excepcional». Continue a ler.




O filme está em exibição no nosso País.

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