sexta-feira, 27 de abril de 2012

MULHERES NA CULTURA - JOANA VASCONCELOS


Joana Vasconcelos está a dois meses de apresentar o seu trabalho no Palácio de Versalhes, em Paris - a primeira mulhar a expor no Palácio - e só isto um bom pretexto para a integrarmos nas Mulheres na Cultura do Em Cada Rosto Igualdade. Sobre este acontecimento disse a artista numa entrevista recente ao Jornal SOL (13-04-2012):  
«O que vou fazer em Versalhes é uma exposição da minha obra, com 17 peças, oito das quais concebidas especificamente para ali. Vou fazer os Aposentos da Rainha, a Galeria dos Espelhos e um novo espaço que é a Sala das Grandes Batalhas, onde vou instalar cinco valquírias suspensas. Os meus antecessores [Jeff Koons, Takashi Murakami, Xavier Veilhan e Bernar Venet] fizeram os aposentos do Rei, mas decidi não fazer essa parte». Por ser a primeira mulher a expor no Palácio?
Além de ser um orgulho, isso acabou por orientar a minha exposição. O facto de ser a primeira mulher, e o facto de a presença das mulheres ser muito forte em Versalhes, tem uma simbologia muito forte, até maior do que aquela que imaginava. Com respeito a essa história, à qual só me posso adaptar, tive muito cuidado e a minha exposição foi-se alterando, também com a ajuda do comissariado do Jean-François [Chougnet, ex-director do Museu Berardo], e ficando cada vez mais próxima da identidade da mulher em Versalhes. Daí que não vá fazer os Aposentos do Rei. Podia tê-lo feito, tinha obras para isso, mas essa identidade feminina tornou-se o mote da exposição». Mas há o percurso até aqui, e disso uma pequena sintese a partir do site da DGARTESJoana Vasconcelos  Nasceu em Paris, em 1971. Vive e trabalha em Lisboa. Forma-se no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, entre 1989 e 1996.
Recebe, em 2006, o prémio da Fundação Berardo, com a obra “Néctar”, actualmente instalada no CCB | Museu Colecção Berardo; e, em 2003, é-lhe atribuído o prémio “Fundo Tabaqueira Arte Pública” para o seu projecto de intervenção no Largo da Academia das Belas Artes, em Lisboa, que se encontra actualmente em preparação.Expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro desde 1994.
Participou em diversas exposições colectivas.Trabalha com a Galeria Casa Triângulo, São Paulo (BR); Galerie Nathalie Obadia, Paris (FR); Rena
Bransten Gallery, São Francisco (USA); Galería Horrach Moyà, Palma de Maiorca (SP). O seu trabalho é representado em diversas colecções públicas e privadas. A actividade artística desenvolvida firma-se no domínio da escultura e da instalação. A sua marca autoral distingue-se pelo modo como joga com a banalidade dos objectos utilizados no quotidiano, em particular influenciada por tudo o que se relaciona com o design e a arquitectura, tanto pelas proporções, como pela sua funcionalidade, que transparecem na maioria das suas obras. Num jogo de estilos, muitas das suas obras procuram devolver um sentido a estes novos objectos estéticos, oferecendo-lhes nova pertinência, seja do ponto de vista crítico, funcional ou estético.
 
E saiba mais através, por exemplo, do site pessoal da artista ou do facebook.  Em particular, não podemos deixar de assinalar  iniciativas que tiveram  intervenção da DGARTES: a
 presença na Bienal de Veneza 2007 / “rivalidade” com a representante nacional Ângela Ferreira que  foi muito marcante, e  o projecto Contaminação /2008) realizado no âmbito do protocolo celebrado entre a Direcção-Geral das Artes | Ministério da Cultura Português e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Sobre "Contaminação", por Lúcio Moura  - «No projecto site-specific "Contaminação", de Joana Vasconcelos, assistimos à invasão do espaço arquitectónico, do Octógono da Pinacoteca de São Paulo, por um corpo têxtil, colorido, disforme e tentacular. (...) Assim, o espaço do Octógono é activado por um processo de "invasão"/"contaminação" dos seus elementos arquitectónicos. Assente no chão, este estranho corpo, síntese quimérica de produções anteriores da artista, cresce e invade as paredes, contorna vãos, transformando o espaço em objecto da percepção; contaminação epidérmica que interfere na experiência do Lugar vivenciado pelo observador.» [ mais ].
Por fim, recorrendo ao YOUTUBE facilmente se pode ficar mais por dentro  da obra de Joana Vasconcelos e o seu «jeito de fazer» e de estar. Por exemplo:



Mas bom mesmo a ir ver os trabalhos «ao vivo». E esta mensagem só foi possível com a colaboração da Alexandra Fonseca e da Clara Oliveira, lembraram datas e indicaram fontes.

Sem comentários:

Enviar um comentário