«Estranhos uns dos outros, encontramos na vulnerabilidade coletiva a derradeira reciprocidade. Vivendo em cidades estrangeiras, o que nos distingue é o que nos permite sentirmo-nos em grupo, ligados por uma condição estranhamente paradoxal de atração e de repulsa.
Apregoa-se a liberdade, elogia-se a emancipação. Mas revisitam-se ou criam-se novos fantasmas que alimentam a áspera sensação de ameaça e medo do estranho. Refazem-se fronteiras, nomeiam-se e exilam-se antigos e novos impuros. O sonho de pureza, de descontaminação dos eleitos, é revisitado sem cessar, devolvendo-nos, implacavelmente, o desconforto da derradeira e estranha reciprocidade». Saiba mais.
Ainda:
E da crítica de Helena Simões, no Jornal de Letras desta semana:
«(...) Sem dúvida, um apurado estudo teatral
sobre a longa espera pela validação, legitimação,
dignificação de existências humanas
atormentadas pela necessidade de respeito,
autenticidade e humanidade, num espectáculo
que vivamente recomendamos».
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