Comecemos este mês de Agosto com a exposição que hoje se inaugura na Biblioteca Nacional - IRMÃOS GRIMM: VIDA E OBRA. Sobre a exposição o jornal i de hoje tem um trabalho, de onde retiramos (destaque nosso):
«(...)
Os irmãos dedicaram-se a pesquisar e estudar estas histórias, ora contadas por autores anteriores, ora por pessoas ditas normais, anciãos ou outra gente na posse de narrativas fantásticas. “Há uma ideia, que começou a correr no século XIX, de que os irmãos teriam feito viagens por toda a Alemanha, conversado com o povo e recolhido os contos in loco. Nada disso aconteceu. Os Grimm eram muito sedentários e a recolha foi feita na cidade de Kassel. Eles pediram a amigos e conhecidos que lhes enviassem – a maior parte das vezes por escrito – contos da tradição oral que conhecessem”, conta-nos Maria Teresa. Os retratos que vemos nas paredes, principalmente de mulheres, são as tais correspondentes que ajudaram os irmãos. A maior parte destes amigos eram da classe média-alta, com uma excepção. Também retratada em tons escuros, podemos ver Dorothea: “Talvez a única mulher do povo que contou histórias aos Grimm directamente”, continua a professora. (...)».
E podemos saber mais no site da BN, por exemplo:«(...)O espectro da recepção internacional da obra dos Grimm excede, contudo, em muito a tradução e edição de contos para leitura de crianças. Com a investigação pioneira da literatura e tradições populares numa via de rigor filológico, Jacob e Wilhelm Grimm tornaram-se figuras tutelares do movimento etnográfico europeu, e a sua colecção de contos constituiu-se como ponto de referência de muitos trabalhos congéneres realizados um pouco por toda a Europa. Portugal não constituiu excepção. Os fundadores da etnografia portuguesa, entre eles, Adolfo Coelho e Teófilo Braga, reportam-se repetidamente aos dois filólogos alemães, não apenas nas suas recolhas de contos populares portugueses, como em muitos outros trabalhos, em áreas tão diversas como as da literatura tradicional, da mitologia popular, da história da língua, ou mesmo do direito. (...)».
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