sexta-feira, 14 de setembro de 2018

TEATRO | «medeia é bom rapaz» | ESPAÇO ESCOLA DE MULHERES [Clube Estefânia]






«Este é um espectáculo sobre o Desejo. Ou, melhor, sobre o Desejo do Desejo. E sobre o Mito, também. O primeiro mito é o próprio Desejo. A tese é a substituição. São dois actores que fazem de homens que fazem de mulheres. Esta Medeia é, para nós, um cerimonial destruidor, um pesadelo da sociedade moderna acorrentada a fantasmas. Fantasmas que lutam risivelmente pelo Poder. Se a Senhora e a Serva são imagens de uma mesma realidade e ambas esperam Jasão e, na ambiguidade do travesti, se substituem, interpretando diferentes papéis, o Autor, Actores e Encenadora, num jogo de espelhos deformantes, tentam descobrir a sua própria imagem e esperam vê-la fugir num carro do Sol, depois de se terem vingado de Jasão, mas sabem de antemão que Jasão, tal como Godot, não existe e que o jogo não pode ter um fim feliz».

.
.    .

«Em 1992, e numa Produção independente, Fernanda Lapa e uma equipa de artistas e técnicos entusiastas que apostaram no êxito da Produção sem terem qualquer garantia de remuneração, montaram a peça de Luis Riaza “Medeia é Bom Rapaz”. O espectáculo foi apresentado na sala do extinto Teatro do Século e foi um êxito de público e de Crítica.
Recebeu o Prémio da “Crítica” e “O Sete de Ouro” para “Melhor Encenação” (Fernanda Lapa) e o para “Melhor Actor” (João Grosso).
26 anos decorridos, consideramos ser o momento certo para a revisitar e oferecer a um novo público que não tem notícia desta obra».
.
.     .

Sem comentários:

Enviar um comentário