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Outro excerto: «(...) Também no caso de Karen Uhlenbeck é dado observar um triste cliché, a dificuldade de emergir e de se impor, apesar dos seus dotes e méritos, no mundo académico, dominado pela presença masculina. Como se comprova pelo facto de Uhlenbeck, em 1990, ter sido a segunda mulher a proferir os denominados “discursos plenários” (“plenary talks”) por ocasião do Congresso Internacional de Matemáticos, que se realiza a cada quatro anos. Em cada encontro ocorrem entre 10 a 20 intervenções, pronunciadas só por homens. A primeira mulher autorizada a tomar a palavra nesta solene e prestigiada iniciativa foi, em 1932, a alemã Emmy Noether, insigne matemática.
«É inquietante – declarou Uhlenbeck, ainda citada pelo “New York Times” – que tenham passado tantos anos, desde 1932, antes que outra mulher pudesse subir a uma cátedra para falar aos colegas masculinos sobre matérias e competências comuns.» Ao mesmo tempo, a matemática dos EUA considera-se afortunada porque, depois de tantos sacrifícios, conseguiu ver reconhecidos os seus méritos: ao contrário, são numerosas as mulheres que, apesar de possuírem qualidades de excelência, não o conseguem. Porque hostilizadas».
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