quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

CINEMATECA EM MARÇO | «Em março, damos início a um vasto Ciclo sobre o tema geral das migrações, de indivíduos ou de massas, que se prolongará nos dois meses seguintes. Embora em todos os módulos mensais haja cruzamento de épocas cinematográficas, começamos por dar alguma ênfase ao cinema clássico, dando depois mais espaço (em abril) à produção contemporânea, e terminando com um epílogo (em maio) dedicado à diáspora portuguesa. A programação abarca 100 anos de cinema e de História e inclui ficções, documentários e ensaios filmados, grandes clássicos, raridades e filmes pouco vistos na Cinemateca»



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Sobre o Filme que inicia o ciclo:

« M/12 THE IMMIGRANT é o filme ideal para a abertura deste Ciclo, pois é um clássico e não edulcora a realidade. O filme mostra-nos Charlot num barco de emigrantes (uma situação que Chaplin viveu na vida real) e a sua chegada a Nova Iorque, onde vive sem um tostão, como em tantos dos seus filmes. Uma das obras-primas absolutas de Chaplin, misto de desencanto e ironia. Realizado quase 100 anos depois, mas ambientado na mesma época e com o mesmo título (embora aqui a protagonista seja uma mulher), o filme de James Gray, ele próprio neto de imigrantes, conta-nos a história de uma imigrante polaca, que é obrigada a prostituir-se, enquanto tenta resgatar a irmã que, por motivos de saúde, está detida em Ellis Island. Foi o primeiro mergulho de Gray no filme histórico – os anos vinte do afluxo de imigrantes do leste europeu a Nova Iorque via Ellis Island (o filme abre com imagens da Estátua da Liberdade, imediatamente dando os EUA como uma nação de acolhimento), e é o mais “operático” filme de Gray, certamente o mais “italiano” e, em especial, “viscontiano”, no seu abandono ao senso melodramático. THE IMMIGRANT de Chaplin é apresentado numa cópia em versão digital restaurada».


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