sexta-feira, 26 de julho de 2019

MORREU A PIANISTA HELENA MATOS | «“Era uma mulher com uma musicalidade muito grande, uma cultura musical muito vasta, muito ligada aos seus alunos, com grande empenho em orientar os seus alunos até fora da sala de aula como era tradição do Conservatório. Era uma figura muito querida do meio musical português e cada vez mais à medida que o tempo ia passando” destaca Rui Vieira Nery que considera que Helena Matos poderia ter tido uma carreira a solo “brilhante, porque era uma belíssima pianista, mas preferiu este sacerdócio do ensino, este relativo anonimato da música de câmara”»



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A pianista portuguesa Helena Matos morreu aos 100 anos, na noite de terça-feira, em sua casa, em Lisboa, disse esta quarta-feira à agência Lusa fonte da família.

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Helena Matos trocou carreira “brilhante pelo "sacerdócio do ensino"

Em declarações à Renascença, o musicólogo Rui Vieira Nery recorda que foi aluno do Conservatório de Lisboa na altura em que Helena Matos era professora na instituição.
“Foi uma das grandes professoras de piano do Conservatório, a partir dos anos 70, formou gerações sucessivas de pianistas, fez durante muitos anos um duo de música de câmara a dois pianos e a piano a quatro mãos com Noémia Brederode, que era outra professora do Conservatório.”
Rui Vieira Nery refere que Helena Matos “acompanhou muitos cantores, como a Helena Pina Manique, a Joana Silva, a Elsa Saque e, nos últimos anos, acompanhava com grande energia as aulas de canto do tenor Fernando Serafim”.
“Ela dizia que, no momento em que parasse de tocar piano, morria e queria tocar até ao fim e acho que assim foi realmente”, sublinha.
“Era uma mulher com uma musicalidade muito grande, uma cultura musical muito vasta, muito ligada aos seus alunos, com grande empenho em orientar os seus alunos até fora da sala de aula como era tradição do Conservatório. Era uma figura muito querida do meio musical português e cada vez mais à medida que o tempo ia passando”, destaca.
Rui Vieira Nery considera que Helena Matos poderia ter tido uma carreira a solo “brilhante, porque era uma belíssima pianista, mas preferiu este sacerdócio do ensino, este relativo anonimato da música de câmara”.
“Gostava sobretudo de fazer música muito mais do que pensar nos benefícios de uma carreira individual. Nesse sentido, é um exemplo de dedicação à música muito forte”, remata o musicólogo». Leia na integra


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