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Um excerto:
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Depois
de Monstro começou
a obter papéis de protagonista, como o da mineira alvo de assédio sexual em Terra
Fria (2005), que lhe valeu mais uma nomeação para o Óscar, e
em 2006 integrava já a lista das atrizes mais bem pagas da The Hollywood
Reporter. Apesar disso, quando a Sony foi alvo de pirataria informática,
revelando a disparidade de salários entre atores e atrizes em Hollywood, ela
percebeu que estava a ser mal remunerada e, ao que consta, usou esse facto para
negociar um aumento de 10 milhões de dólares no filme de 2016 O
Caçador e a Rainha do Gelo.
«Sou a primeira a reconhecer que estou numa posição luxuosa
incrível para poder dizer a um estúdio: “Ouçam, quero um pagamento igual, ou
não faço o filme”. Esta não é a realidade de muitas mulheres. A luta tem de ser
maior do que isso: precisamos de legislação para que as mulheres estejam
protegidas», afirma.
«Temos de ultrapassar esta ideia de que as mulheres murcham e os
homens se tornam no mais belo Bordéus. Isto precisa de mudar – e penso que, em
última análise, vai-nos caber a nós fazê-lo.»
Se bem que ela cuide de si própria («Tiro algum tempo para mim
depois de os miúdos já estarem deitados, para limpar, exfoliar e hidratar a
pele convenientemente, para de manhã poder limitar-me a passar água e aplicar
um protetor solar»), admite que algumas vezes acorda a sentir-se uma
supermulher, do tipo «como é que estou a encarar tão bem isto do
envelhecimento?».
«E há dias que são mais do tipo “isto está a acontecer tão
depressa, não sei se estou a sentir-me bem com esse facto”. Mas todas estas
coisas se tornam mais fáceis quando mudamos tudo lá fora, no mundo que vemos e
ouvimos. E, se eu puder fazer parte disso, romper esse ciclo, é sempre a minha
linha de orientação.»
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