sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

CHARLIZE THERON | «Temos de ultrapassar esta ideia de que as mulheres murcham e os homens se tornam no mais belo Bordéus. Isto precisa de mudar – e penso que, em última análise, vai-nos caber a nós fazê-lo»


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Um excerto:

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Depois de Monstro começou a obter papéis de protagonista, como o da mineira alvo de assédio sexual em Terra Fria (2005), que lhe valeu mais uma nomeação para o Óscar, e em 2006 integrava já a lista das atrizes mais bem pagas da The Hollywood Reporter. Apesar disso, quando a Sony foi alvo de pirataria informática, revelando a disparidade de salários entre atores e atrizes em Hollywood, ela percebeu que estava a ser mal remunerada e, ao que consta, usou esse facto para negociar um aumento de 10 milhões de dólares no filme de 2016 O Caçador e a Rainha do Gelo.
«Sou a primeira a reconhecer que estou numa posição luxuosa incrível para poder dizer a um estúdio: “Ouçam, quero um pagamento igual, ou não faço o filme”. Esta não é a realidade de muitas mulheres. A luta tem de ser maior do que isso: precisamos de legislação para que as mulheres estejam protegidas», afirma.
«Temos de ultrapassar esta ideia de que as mulheres murcham e os homens se tornam no mais belo Bordéus. Isto precisa de mudar – e penso que, em última análise, vai-nos caber a nós fazê-lo.»
Se bem que ela cuide de si própria («Tiro algum tempo para mim depois de os miúdos já estarem deitados, para limpar, exfoliar e hidratar a pele convenientemente, para de manhã poder limitar-me a passar água e aplicar um protetor solar»), admite que algumas vezes acorda a sentir-se uma supermulher, do tipo «como é que estou a encarar tão bem isto do envelhecimento?».

«E há dias que são mais do tipo “isto está a acontecer tão depressa, não sei se estou a sentir-me bem com esse facto”. Mas todas estas coisas se tornam mais fáceis quando mudamos tudo lá fora, no mundo que vemos e ouvimos. E, se eu puder fazer parte disso, romper esse ciclo, é sempre a minha linha de orientação.»



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