segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

PEPETELA | «A Geração da Utopia»





Das Notícias da UCCLA: 
«Livro "A Geração da Utopia" de Pepetela
Destacamos o livro "A Geração da Utopia" que, e após a publicação do último livro sobre a Casa dos Estudantes do Império pela UCCLA, não poderíamos deixar de destacar o romance de Pepetela que relata a vivência da casa.
No livro, o escritor angolano Pepetela, traça, a partir de movimentos temporais, a trajetória histórica da última metade de século XX em Angola. Da década de 60 aos anos 90, a narrativa percorre momentos distintos do processo sociopolítico e cultural por que vem passando o país.
 Em a Geração da Utopia, Pepetela, enquanto autor e ator no processo histórico do seu país, consegue, através de um misto entre a subjetividade das viagens interiores de alguns personagens e a suposta objetividade de alguns aspectos da trajetória da história recente de Angola, apresentar uma leitura justamente desse processo». 

E do site da União dos Escritores Angolanos: «(...)As mesas estavam todas ocupadas, aos grupos de quatro. A maioria era de angolanos, todos misturados, brancos, negros e mulatos, estes bem mais numerosos. Os caboverdianos, que se misturavam facilmente com os angolanos, eram quase exclusivamente mulatos. Os guineenses e são-tomenses, mais raros, eram negros. Os moçambicanos eram na quase exclusividade brancos. E tinham a Professor de Língua Portuguesa e Redação do Colégio Militar do Rio de Janeiro. professor de Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da Faculdade da Região dos Lagos (Ferlagos - Cabo Frio, RJ). tendência de se juntar aos grupos. Mesa unicamente constituídas por brancos era de moçambicanos. A british colony, como diziam ironicamente os angolanos. A apresentação da complexidade das diferenças numa aparente massa homogênea é algo que se faz presente nas quatro partes do romance. Se por um lado o heterogêneo não chega a ser elemento surpresa, visto ser esse um dos mais significativos caracteres da Modernidade, por outro, no romance, ele funciona como ingrediente explicitador das intrincadas relações que se estabelecem entre os personagens, o que influenciará suas trajetórias pessoais, bem como a de todo o grupo. É que a viagem, no caso, imposta aos jovens oriundos das colônias, provoca o encontro que faz ressaltar mais as diferenças que as semelhanças. Nas palavras de Schollhamer, é preciso que (...) sublinhemos que se a viagem é um encontro com o outro, experimentado pelo viajante como uma dramatização da relação entre identidade e diferença, esse viajante - ele ou ela - é ao mesmo tempo catalisador para uma identificação do outro, do nativo, do explorado, do descoberto, ou do descrito e representado como objeto do seu discurso.Apesar de serem cidadãos portugueses nascidos em África, os estudantes em Lisboa vivenciam um tipo peculiar de exílio. Esse termo, nos dicionários, é definido como o afastamento forçado ou voluntário da pátria. É também "desterro" ou "banimento"(...). Leia na integra.


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