quinta-feira, 18 de junho de 2015

PRÉMIO CAMÕES | Hélia Correia


Hélia Correia ganhou o Prémio Camões. Mais uma ocasião para olharmos para a escritora e  sua obra. Sobre o prémio e a premiada, por exemplo, no  jornal Público online, de que é capa na edição impressa como se vê na imagem:
«(...) O poeta e crítico literário Pedro Mexia, que pela primeira vez fez parte do júri, ao telefone do Rio de Janeiro disse ao PÚBLICO que a decisão “foi extremamente fácil”. Embora Hélia Correia “não seja um nome tão óbvio no Brasil como é em Portugal”, depois de ter sido lançado à discussão, “e tendo em conta que para os jurados brasileiros o nome já estava em cima da mesa de uma votação anterior, foi relativamente pacífico”. Mesmo quem não a tinha na sua lista, “não pôs nenhuma objecção”. A decisão só não foi mais rápida porque houve alguns problemas logísticos – o escritor Mia Couto participou na reunião via Skype e aconteceram alguns problemas de ligação. Uma das razões que pesou na escolha do júri foi a sua polivalência em termos de géneros e de estilos. Hélia Correia escreve romance, novela, conto, teatro e poesia e os seus livros são muito diferentes uns dos outros. “Há escritores que escrevem sempre o mesmo livro. Hélia Correia, tendo o seu imaginário, tem livros bastante diferentes entre si”, explica Pedro Mexia. Importante foi também “o diálogo que a autora estabelece com as tradições: com a Antiguidade Clássica, sobretudo grega” e com “um imaginário que não é bem mágico, é telúrico, também de fadas e assombrações”, explica o crítico. “Há um lado também gótico na literatura dela e referências à literatura contemporânea, que vão desde uma personagem de José Saramago até aos livros da literatura inglesa, os vitorianos, as irmãs Brontë e aos pré-rafaelitas.” (...). Leia na integra.

E indo agora ao que a propósito  se pode ler no jornal Observador para quem não conhece a obra da escritora, as palavras do poeta  Nuno Júdice:

«(...) A atribuição do Prémio Camões à escritora portuguesa Hélia Correia é “muito justa”, afirmou à agência Lusa o poeta Nuno Júdice. «“Fomos colegas de curso na Faculdade de Letras, fizemos parte das mesmas lutas académicas e vejo na obra dela uma capacidade de fazer reviver. Uma das suas influências literárias é o romance inglês do século XIX, mas atualizado. E depois há o lado fantástico”, descreveu o escritor. Para Nuno Júdice, o romance “Lillias Fraser” pode ser um bom ponto de partida para um leitor entrar na obra literária de Hélia Correia. “Seja em romance seja em conto, há uma tonalidade poética que passa na obra”, disse ue passa na obra”, disse. (...)». Mais.
Ousamos terminar assim: que bom que Hélia Correia ganhou o Prémio Camões!


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