sexta-feira, 22 de novembro de 2013

e-cadernos CES | Convite à apresentação de artigos “As mulheres nas profissões jurídicas: experiências e representações”


Convite à apresentação de artigos
“As mulheres nas profissões jurídicas: experiências e representações”

Organização: Madalena Duarte
Prazo para envio dos artigos: 20 de janeiro de 2014


No processo de consolidação e fortalecimento do Estado, a centralidade do direito e da administração pública foi identificada principalmente como uma prerrogativa masculina. Na segunda parte do século XX, as teóricas feministas demonstraram que a produção masculina do conhecimento – através do Direito, da ciência ou da cultura – criou hierarquias que consignaram as mulheres à inferioridade e à exclusão. Se há dúvidas que o Direito produza, per se, relações patriarcais, o mesmo já não acontece relativamente ao contributo que aquele dá à perpetuação, legitimação e reprodução das mesmas na sociedade. Neste sentido, o modelo tradicional de socialização das profissões jurídicas foi construído como um espaço desconhecido para as mulheres, confinadas durante muito tempo ao espaço privado, onde a emoção prevalecia à racionalidade e a subjetividade à objetividade, características que se acreditava interferirem negativamente no processo de decisão e no exercício de poder. Por estas razões, a presença de mulheres em profissões jurídicas é uma tendência recente. Para tal contribuiu a luta dos movimentos de mulheres e o aumento da igualdade no acesso educacional. Este fenómeno tem contornos diferentes em cada cultura jurídica e não tem o mesmo ritmo em todas as áreas ou, sequer, em todos os países. No entanto, nas últimas décadas, tornou-se evidente nas sociedades contemporâneas a crescente feminização das profissões jurídicas.Num primeiro olhar, o aumento exponencial da participação feminina em todas as áreas do direito, incluindo nas magistraturas, assemelha-se à sinopse de uma história de sucesso, na qual a exclusão e a inacessibilidade das mulheres estariam ultrapassadas. Uma análise mais aprofundada revela, contudo, mecanismos e processos de uma persistente segregação das mulheres, dissimulados, refinados, perversamente consensuais e consentidos. Continue a ler.
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E o e-cadernosCES atual - 16 


 A manipulação xenófoba e política dos direitos das mulheres.



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