segunda-feira, 24 de julho de 2017

«A Inclusão de Migrantes e Refugiados: o Papel das Organizações Culturais»





«“Quem trabalha na área da Cultura acredita no seu poder em transformar vidas e contribuir para a inclusão e a coesão social, promovendo o conhecimento, o diálogo, a tolerância e o respeito. Por essa razão, quem trabalha neste sector não consegue imaginar de que forma este processo de inclusão poderá acontecer sem a Cultura.” Na introdução ao livro A Inclusão de Migrantes e Refugiados: o papel das organizações culturais, a coordenadora da publicação, Maria Vlachou, sintetiza as preocupações cada vez mais urgentes de muitos profissionais do sector cultural que querem dar o seu contributo para a inclusão de migrantes e refugiados, mas não sabem como fazê-lo, nem por onde começar. É para colmatar esta necessidade que surge esta publicação, servindo de base para desenvolver a reflexão e uma prática mais sustentada pelas organizações culturais. A primeira parte do livro reúne dez entrevistas que constituem testemunhos de profissionais a trabalhar em organizações culturais com muita experiência nesta área: Counterpoints Arts (Reino Unido), Bibliotecas de Roskilde (Dinamarca), NOESIS – Centro de Ciência e Museu de Tecnologia de Salónica (Grécia), Museus Nacionais Liverpool (Reino Unido), Museu Roterdão (Holanda), Projeto Museu da Migração (Reino Unido) e Instituto para a Cidadania Canadiana (Canadá).
Em Portugal, também não faltam exemplos de boas práticas: é o caso do projeto “RefugiActo: a voz e o eco dos refugiados através do teatro”, que surgiu em 2004 no contexto das aulas de língua portuguesa do Conselho Português para os Refugiados e que tem tido o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian através do programa PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social. Trata-se de um grupo de teatro amador, onde se partilham emoções, saberes e experiências, e por onde têm passado pessoas de todo o mundo. Também surgem como referência, no livro, os casos do festival TODOS – Caminhada de Culturas, que tem trabalhado para desenvolver a interculturalidade em Lisboa com recurso às artes, valorizando o seu cariz contemporâneo e comunitário, e o trabalho da Associação Renovar a Mouraria, envolvida no projeto internacional Enciclopédia dos Migrantes: o lado intimista e individual das histórias sobre migração. Esta “enciclopédia”, que divulga “um saber não científico”, foi publicada, em papel e em versão digital, em francês, espanhol, português e inglês, conta com testemunhos de 400 migrantes e nela estão representados 103 países e 74 línguas maternas. (...)». Leia mais.


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