terça-feira, 23 de agosto de 2016

EXPOSIÇÃO/INSTALAÇÃO DE ISABEL SABINO | «A menina (não) fica em casa» | MUSEU MILITAR | ATÉ 29 SETEMBRO 2016





«Também fui hoje, com gosto, ver a exp.-instalação Isabel Sabino no Museu Militar - sem tempo (o trânsito, o trânsito...) para dar a volta a esse museu precioso e muito pouco conhecido. 

Enfrentou a grande Pintura de História (aqui pintura histórica) de Adriano Sousa Lopes e outros numa escala compatível com o espaço disponível (duas vitrinas de pequenas pinturas instaladas e uma construção-instalação no centro de uma outra sala, barreira ou trincheira de pano sobre terra) e em especial com a condição memorialista das imagens fotográficas apropriadas pela pintura (pela pintora), numa escala que é feminina pelo intimismo e também pela cor vermelha de sangue que tudo recobre, por vezes coagulado em pastas. 
Em "Mulheres de Armas" colecciona retratos de mulheres que foram em geral feministas, Maria Lamas, Angelina Vidal, Carolina Michaelis, entre as mais conhecidas, identificadas por medalhas de chumbo (?). Noutra vitrina, o título geral "A menina (não) fica em casa" declina-se em imagens fotográficas de cenas colectivas, cenas de trabalho feminino que a ausência dos homens na guerra autorizou e/ou exigiu. Passa-se da representação-nomeação de figuras prestigiadas, honorífica, à atenção às mulheres anónimas. O trabalho, fora do espaço doméstico, era ao mesmo tempo emancipação (relativa) e opressão/exploração, e aí se encontra exposto também enquanto imagens de guerra, como o outro lado menos lembrado da guerra. Na trincheira encenada, adiante, encontram-se retratos também femininos de guerras actuais». Continue a ler e a ver no blogue de Alexandre Pomar.




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